"Jagunço" é uma palavra de origem brasileira que significa "soldado de infantaria" ou "guerreiro indígena". Na história do Brasil, jagunços foram frequentemente utilizados como força de segurança privada pelos grandes proprietários de terra, especialmente durante o período conhecido como "Coronelismo", no início do século XX. Embora nem sempre fossem indígenas, muitos jagunços eram recrutados entre as populações rurais mais pobres e marginalizadas, muitas vezes com o uso de violência e coerção. Era comum que fossem armados e treinados para combater grupos rivais ou proteger as propriedades dos seus empregadores. No entanto, os jagunços também foram conhecidos por se rebelarem contra os seus senhores quando sentiam que seus direitos e interesses estavam sendo prejudicados. Em muitos casos, eles se envolveram em conflitos armados com autoridades locais ou grupos rivais, lutando por terra, justiça e libertação. Hoje em dia, a palavra jagunço é mais frequentemente usada no contexto cultural e literário, sendo associada ao personagem criado pelo escritor brasileiro Guimarães Rosa em seu livro "Grande Sertão: Veredas". Nesta obra, o jagunço Riobaldo é retratado como um homem complexo e ambíguo, que luta com suas próprias dúvidas e conflitos morais enquanto enfrenta os desafios da vida na região do sertão brasileiro. Apesar do seu papel histórico controverso, os jagunços são lembrados como personagens importantes na história e cultura do Brasil, representando tanto a opressão quanto a resistência de diferentes grupos sociais e culturais no país.
