A esquistossomose é uma doença infecciosa causada pelo verme Schistosoma mansoni. O seu ciclo é complexo e envolve diferentes hospedeiros, incluindo o ser humano. A transmissão ocorre através do contato com água contaminada por larvas do parasita liberadas por caramujos do gênero Biomphalaria. Os ovos do S. mansoni são eliminados nas fezes dos indivíduos infectados e, ao entrarem em contato com a água, eclodem, liberando as larvas. Estas, por sua vez, infectam os caramujos, que se tornam os hospedeiros intermediários do parasita e onde ele realiza a sua reprodução assexuada, formando cercárias que são liberadas na água. Ao entrarem em contato com a pele humana, as cercárias penetram no organismo e migram para o fígado, onde se desenvolvem e se reproduzem sexualmente. Os seus ovos são liberados no sangue, podendo causar diversos sintomas, como coceira, febre, diarreia, dor abdominal e sangue nas fezes. Existem várias medidas de prevenção da esquistossomose, incluindo o saneamento básico, o controle dos caramujos transmissores, o tratamento dos indivíduos infectados e a educação sanitária da população. A doença é mais comum em áreas rurais e em regiões com baixa condição socioeconômica, sendo considerada um problema de saúde pública em diversos países.